sábado, 11 de junho de 2011

Era uma vez um dia! Uma Greve!!

ERA UM DIA, UMA GREVE!
Por Sonia Santos

Sabe aquele dia em que não era para você levantar da cama?  Pois é, passei por um desses dias.
Quando acordo a primeira coisa que quero é tomar um cafezinho preto, bem quentinho.  Já é mania! Vou à dispensa, abro o pote com tanta força, que o pouco café que existe, vai ao chão, na mesa...um desperdício! Fico irada, mas fazer o quê?  O melhor que tenho a fazer agora é tomar um bom banho, pra ver se as coisas melhoram, afinal de contas.
Parto para essa segunda etapa.  Ao terminar deparo-me molhada sem a toalha.  Vocês irão pensar, pegue qualquer toalha, já que estou no banheiro, certo? Errado!  Não há toalha nenhuma.  Estão todas no quarto.  Decido pegar, ir até o quarto.  Para isso tenho que passar pela sala, cuja janela está escancarada, que dá para o apartamento do meu vizinho.  O quê fazer?
Imaginem a criatura em pelo, do jeito que veio ao mundo e engatinhando para não ser vista pelo vizinho.  Ai saudades da casa materna que era só gritar “Mãe me pega a toalha”, mas a mania da independência é grande.  Agora agüente e se vira, penso eu.
É o que faço.  Engatinho até o quarto, molhando todo o piso e me odiando.  Por fim chego ao quarto e dou por encerrada essa etapa.  Ao sair, já atrasada para o trabalho, vou até o elevador quando dou conta que esqueci as chaves dentro do apartamento, ao fechar a porta.  No chaveiro também estão as chaves do carro.  Como sair? Como entrar em casa?  Novamente, o quê fazer?
Falo com o porteiro, que como de costume, está sempre aborrecido com alguma coisa ou com alguém, sei lá!  Tento falar com jeito, mas já vai me avisando, sem ao menos me olhar, que vai demorar; ele tem muita coisa pra fazer antes disso e ainda solta uma frase pequena, mas cheia e grande, que fingi não ter ouvido: “Que amolação”
Finalmente o porteiro consegue abrir minha porta, eu resgato as chaves, agradeço de coração e, é claro com uma gorjeta e parto para o meu destino, sem meu cafezinho e os joelhos “estourados”, exageros....

Pego meu carrinho e sigo pra escola onde leciono.  Ao chegar, vocês não irão acreditar! Tudo que passei!  Consegui chegar e a escola estava fechada, com os dizeres ESTAMOS EM GREVE!

Eu esqueci!!!!!!!!

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Sem Nexo

Lentamente
Sinto chegares de mansinho,
Sussurando
Como a brisa do vento,
Querendo entrar.

Puxo a coberta
Para não o sentir tão perto
Em vão...

Apossa-te de mim
Sem pedir licença
Como uma bacteria
Que arde
Que fere

Tomo o remédio
Da razão
E não vejo razão
Para tanto!

Mesmo assim tomo
Me sentirei mais leve
Não curada de ti,
Mas leve...

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Infância

A MINHA AMIGUINHA SONINHA

Vejo-te pequena
Com teus cabelos encaracolados
Espivitada!
Minha amiguinha de bairro e de vila.
Vila Bairro Jardim Sonia,
Nossos nomes.
Eu, Soninha para os teus;
Tu, Soninha para os meus.
Crescemos...
Cada uma pr'o seu lado
Cada uma com sua vida.
Envelhecemos...
Cada uma pr'o seu lado
Filhos, netos
Uma vida inteira
De amor,

Sonia Santos