quarta-feira, 28 de setembro de 2011

O Príncipe!

Muitos textos, poemas e poesias, normalmente feito por nós, mulheres, iniciam-se quase sempre com indagações, do tipo: Quando chegará o amor? Como será esse amor? Será o derradeiro amor? E é claro que esse amor é sempre idealizado como nos antigos contos de fada: Ele é belo, íntegro, másculo; um principe encantado.

Eu também tive meus principes, que virava e mexia se transformavam em verdadeiros sapos.  Um horror!

Porém acabei por encontrar o meu príncipe.  Chegou sem nenhuma pompa ou garbo.  Não houve carruagem, nem me jurou amor eterno.  Simplesmente aconteceu!

Nada assim também tão simplesmente.  Houve algumas batalhas, que foram travadas, espada a espada, mas vencemos todas.  A mais importante foi a de onde morar?  Morar fora do Rio de Janeiro foi a mais estressante batalha.  Meu Rio de Janeiro tão lindo, tão castigado, tão perfeito, tão imperfeito!!!

Enfim fomos para o interior do Rio de Janeiro.  Ah! o interior é tudo!  Aí o casamento ficou perfeito, ou quase, por que nada é perfeito.  Perfeito?

Hoje "sem medo de errar" e "dando minha cara à tapa", digo a vocês, meus leitores, que o meu principe é o meu parceiro, é o meu amante e é o meu amor.

sábado, 24 de setembro de 2011

Te vi

Te vi
graciosa a caminhar
todos os dias em frente a minha casa

Te vi
zombeteira a sorrir!
Do que ris?
Sinto ciumes!

Te vi
Cantando canções!
Serão para quem?

Te vi
olhar atrevido
Soltando os botões da sua blusa!

Te vi
Festeira na minha cama
Toda minha
Te vi
Em mim!

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Madeira de Lei

Hoje sinto-me oca como uma árvore que morre.
Existe o tronco, até folhas. 
Aparência...
Qualquer jardineiro percebe que é aparência
Mais dias menos dia, ela morrerá

Mas que sensação é essa?
Que sentimento é esse que se apodera de mim
Num dia como esse, uma manhã tão linda?
Há uma sensação de vazio, dor, angustia
Sofrimento...

Dentro de mim há misturas não definidas
Mudanças ocorrendo
Ebulição, efervecência inquietante
Agressão...

Não quero ser uma árvore oca, mesmo com folhas
Não quero aparência.

Eu quero a mim.
Quero mudanças, ebulições, inquietações
Mas sabendo que trarão solidez
Tal qual uma árvore viva que dá a madeira
Madeira maciça,
Madeira de Lei!

Por Sonia Santos, em 20/9/94

Ideias

Não consigo escrever
As letras passeiam a minha frente...
Primeiro as vogais,
Após vem as sílabas
O alfabeto inteiro
Consigo formar algumas palavras
Amor, Desilusão, Sexo, Luxúria
Solidão
E só...
Sinto-me oca, infertil
As frases não vêm
Nem mesmo uma idéia
Uma ideiazinha sequer
Será que será sempre assim?
Melhor dormir!