segunda-feira, 23 de maio de 2011

Outro dia li uma poesia
Que dizia das saudade
Dos tempos que não foram vividos
Das musicas que não foram ouvidas
Dos amores que não foram amados.

Eu vivi esse tempo
Eu ouvi essas musicas
Eu amei os amores

Porém ainda sinto saudades
Dos amores que não amarei
Das musicas que não ouvirei
Dos tempos que não viverei.

2 comentários:

  1. O historiador Marc Bloch disse que o "homem é fruto do seu tempo", o que nos remete a esse poema. Correspondemos ao nosso tempo, vivemos coisas e ficamos com aquele gostinho de ter vivido coisas diferentes de outros tempos, cada um em sua geração ou momento. Se pudéssemos ter esse poder, de viver outras vidas, outros tempos, que bom seria, os atores conseguem em certa medida. Uma amiga minha que é atriz e historiadora disse que o historiador é aquele que não foi ator, tem razão, né? rs

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  2. Katia,

    bela exposição.

    É por isso, que como o grande poeta pensa sobre si próprio, considero o historiador um grande fingidor.

    Sonia,

    essa saudade daquilo que não vivemos é a que mais dói, pois não temos as memórias próprias e sim os relatos históricos. Porém, os espíritas (eu sou um deles) acreditam nas várias vidas passadas e futuras e, portanto, muitas dessas saudades são reminiscências que guardamos no nosso inconsciente, de tempos imemoriais.

    Valeu, pela reflexão!

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